Sinopse:
“- Afinal, para quem estou escrevendo? A quem interessará tantas
historietas, se elas se referem, quase sempre, a um menino, um
rapazola e um velho que os ouve e acompanha?”
...Então, temendo continuar escarafunchando reminiscências que se
iam tornando intermináveis e (na certa) incompreensíveis para eventuais leitores mais novos, resolvi interromper a “prospecção das jazidas”, deixando muita coisa para trás — não só pela interrupção das “escavações”, mas, por já não me lembrar de certos fatos com clareza, não os encadeando como deveriam; também, por não estar conseguindo uniformizar os textos como pretendera inicialmente (alguns começaram a se assemelhar a anotações de diário, outros, a reportagens...); e, enfim, por querer me restringir, tão só,
às alegrias das minhas infância e juventude.
Tenho certeza de que muitas vezes errei na datação, não sendo exato
quanto à ocasião de alguns acontecimentos, acabando por misturar situações vivenciadas numa determinada época, com outras, anteriores ou posteriores, juntando-as numa só. Entretanto, não importando quando foi que elas de fato ocorreram, entre a ficção e o lúdico (que tantas vezes usei nestes escritos) permeia, em maior dose, a realidade, eis que por tudo passei — se não eu, um dos meus familiares, um amigo, um conhecido.